domingo, 14 de janeiro de 2024

326ª sessão: dia 16 de Janeiro (Terça-Feira), às 21h30


“Lili Marleen” é a próxima sessão do cineclube 

Em Janeiro, inaugurando o novo ano das suas actividades, o Lucky Star – Cineclube de Braga, em parceria com o Goethe-Institut de Portugal, exibe quatro filmes do cineasta alemão Rainer Werner Fassbinder no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. 

Rainer Fassbinder nasceu em Bad Wörishofen, na Baviera, a 31 de Maio de 1945. Faleceu em Munique a 10 de Junho de 1982, aos 37 anos. Durante a sua breve carreira, que durou apenas quinze anos, escreveu vinte e quatro peças, realizou mais de quarenta filmes, entrando como actor noutros tantos, e fez duas séries para a televisão. 

O ciclo, intitulado “Poder e opressão - As Mulheres de Fassbinder”, continua na terça-feira dia 16, às 21h30, com a exibição de Lili Marleen, produzido em 1981 com um orçamento considerável para Fassbinder e filmado em língua alemã e em língua inglesa. O título do filme vem de uma canção famosa tanto entre os Aliados como entre as potências do Eixo durante a 2ª Guerra Mundial, pela voz de Lale Andersen. 

História de amor em tempos de guerra entre uma cantora alemã, Willie, que se torna um símbolo nacional durante o Terceiro Reich, e Robert, um aprendiz de maestro judeu que quer fazer tudo para salvar o seu povo dos nazis, o filme conta com as participações do americano Mel Ferrer, do italiano Giancarlo Giannini e a alemã Hanna Schygulla, que interpreta o papel principal. 

Schygulla, nascida em 1943, trabalhou com Fassbinder em O Amor é Mais Frio do Que a Morte, O Machão, Os Deuses da Peste, Das Kaffehaus, Porque Corre o Sr. R. Amok?, A Viagem a Niklashauer, Rio das Mortes, Pioneiros em Ingolstadt, Whity, Cuidado com Essa Puta Sagrada, O Mercador das Quatro Estações, As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, Jogos Perigosos, "Acht Stunden sind kein Tag", Amor e Preconceito, O Casamento de Maria Braun, A Terceira Geração, “Berlin Alexanderplatz” e Lili Marleen, a última colaboração entre os dois. 

“Baseámo-nos em factos,” disse Hanna Schygulla à televisão francesa pela altura da estreia do filme, nos anos oitenta, “mas exagerámo-los. Descobrimos que era uma canção que podia ser usada para satisfazer os soldados, que estavam efectivamente na merda, para os fazer sonhar um bocado. Mas mesmo assim havia qualquer coisa de subversivo na canção.” 

As sessões do cineclube ocorrem sempre às terças-feiras, às 21h30, e a entrada custa um euro para estudantes, dois euros para utentes da biblioteca e três euros para o público em geral. Os sócios do Lucky Star têm entrada livre.

Até Terça-Feira!

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