segunda-feira, 29 de julho de 2024

354ª sessão: dia 30 de Julho (Terça-Feira), às 21h30


Duas curtas-metragens de Herzog para ver na biblioteca 
 
Durante o mês de Julho, o Lucky Star – Cineclube de Braga exibe mais seis filmes do cineasta alemão Werner Herzog, na continuação do ciclo que lhe dedicou o ano passado, também em parceria com o Goethe-Institut. As sessões realizam-se às terças-feiras às 21h30 no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. 
 
Intitulado “E num breve instante, o sublime - seis filmes de Werner Herzog”, o ciclo termina amanhã à noite com a exibição de duas curtas-metragens, La Soufrière, rodada nos anos setenta na ilha de Guadalupe, e Badaladas das Profundezas, realizado na Rússia nos anos noventa. 
 
Quando soube da evacuação total da ilha de Guadalupe, devido à possibilidade de erupção do vulcão de La Soufrière, e que havia um homem que se recusava a sair do território, Werner Herzog fez as malas e rumou até lá. Acabou por encontrar não apenas um, mas três homens, que lhe falaram das suas visões e das suas posturas para com a vida e a morte. 
 
“Eu estava a montar Stroszek quando soube da erupção vulcânica iminente,” disse Herzog sobre este filme a Paul Cronin, “e descobri que a ilha de Guadeloupe – com população de oitenta mil – tinha sido evacuada, embora uma pessoa se tenha recusado a sair. Soube imediatamente que queria falar com ele e descobrir que tipo de relação é que este homem tinha com a morte. Ele é a razão por que segui para a ilha e fiz o filme; garanto-vos que não fomos por pensarmos que ia ser divertido irmos para cima de um vulcão em erupção.” 
 
Com o subtítulo de “Fé e Superstição na Rússia”, Badaladas das Profundezas explora o misticismo russo, contando com encontros e conversas com vários fiéis bem como a presença de Vissarion, um curador espiritual que afirma ser a reencarnação de Deus como tinha sido Jesus Cristo. Herzog procura ainda a cidade perdida de Kitezh. 
 
Referindo-se a este segundo filme, Herzog disse que “é um dos exemplos mais pronunciados do que eu quero dizer quando afirmo que através da invenção, fabricação e encenação se pode alcançar um nível de verdade mais intenso. Eu peguei num facto – de que para muitas pessoas este lago era a última morada desta cidade perdida – e explorei a verdade da situação para chegar a uma compreensão mais poética.” 
 
As sessões do cineclube ocorrem sempre às terças-feiras, às 21h30, e a entrada custa um euro para estudantes, dois euros para utentes da biblioteca e três euros para o público em geral. Os sócios do Lucky Star - Cineclube de Braga têm entrada livre.

Até Terça-Feira!

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