Esta terça-feira, o cineclube exibe filme rural de Budd Boetticher
Em Novembro, o Lucky Star – Cineclube de Braga associa-se ao Cineclube Gardunha para trazer ao auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva um ciclo pensado pelo crítico e programador de cinema norte-americano Andy Rector. Com dois filmes de Phil Karlson e dois de Budd Boetticher, o novo ciclo intitula-se “Rural American Films - Filmes rurais americanos do período clássico”.
Sobre o ciclo, Andy Rector escreveu que “a riqueza destes filmes está, obviamente, não apenas na estória dos seus Cavalos e da terra - não são filmes da natureza - mas na sociedade e nas culturas, na crueldade e nos amores, da humanidade em torno deles. Como Boetticher afirma abertamente em My Kingdom For, é “uma história visual dos nossos animais” e nós somos todos seus protegidos.”
Esta terça à noite, será a vez de Budd Boetticher e de Black Midnight, filme produzido em 1949 pela Eagle Lion Films e com Roddy McDowall no papel de um jovem que assume como missão domar um cavalo selvagem, chamado “Black Midnight”, pelo qual oferece todas as suas poupanças. Foi rodado nos Alabama Hills, na Califórnia, onde Boetticher faria mais tarde 7 Homens para Matar, The Tall T, Ride Lonesome e Comanche Station com o actor e produtor Randolph Scott.
“Este é o primeiro filme de Boetticher rodado em Lone Pine, na Califórnia,” escreve Rector sobre Black Midnight, “uma paisagem que iria explorar ainda mais e imortalizar nos seus westerns Ranown com Rudolph Scott dos anos 50. O local, com as suas rochas salientes e batidas pelo vento (assemelhando-se geologicamente à Serra da Gardunha) e cenário do gigantesco Monte Whitney, comporta a simples estória de um rapaz órfão a amadurecer como jovem ajudante de fazenda (Roddy McDowell de O Vale Era Verde e Killer Shark de Boetticher) que está apaixonado pela vizinha e a tentar resgatar e domar um cavalo demasiado selvagem da eutanásia pelas mãos de um velho amigo da família que se corrompeu.”
“O filme transborda das habituais cadências descontraídas e sem juízos de Boetticher,” continua. “Mesmo os seus homens maus são irmãos de boa índole –– permanecendo, em toda esta cordialidade, uma dura peça moral (para as personagens, não para nós, como numa fábula). Um filme doce sobre a vida comum (é impossível imaginar o assassínio, mesmo os cadáveres fora de quadro de Tall T aqui), Black Midnight deve ser um dos filmes a preto e branco mais verdes já feitos, certamente o mais verdejante em Lone Pine, com sequências empolgantes a céu aberto e puros voos a cavalo.”
As sessões do Lucky Star ocorrem no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva às terças-feiras às 21h30. Durante o mês de Novembro a entrada é livre para todo o público.
Até Terça-Feira!
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