Esta terça, “João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas que Eu Amei” no Lucky Star – Cineclube de Braga e os Encontros da Imagem
De 23 de setembro até ao final de outubro, o Lucky Star – Cineclube de Braga apresenta, em parceria com os Encontros da Imagem, um ciclo de oito filmes com sessões às terças-feiras na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. Sob o tema Manifestação de Interesse, a edição de 2025 abre espaço à diversidade de linguagens visuais, explorando as transformações sociais, a memória e noções de identidade. Neste espírito, o cineclube junta-se ao programa com uma seleção que dialoga directamente com a proposta do festival.
De 23 de setembro até ao final de outubro, o Lucky Star – Cineclube de Braga apresenta, em parceria com os Encontros da Imagem, um ciclo de oito filmes com sessões às terças-feiras na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. Sob o tema Manifestação de Interesse, a edição de 2025 abre espaço à diversidade de linguagens visuais, explorando as transformações sociais, a memória e noções de identidade. Neste espírito, o cineclube junta-se ao programa com uma seleção que dialoga directamente com a proposta do festival.
Na próxima terça-feira, às 21h30, é exibido João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas que Eu Amei (2014), de Manuel Mozos, uma homenagem ao homem que dedicou a vida ao cinema e à preservação da sua memória colectiva. Recorrendo ao arquivo, fragmentos de filmes e testemunhos, Mozos constrói o retrato de uma figura central da cultura portuguesa: o diretor da Cinemateca Portuguesa durante mais de três décadas, cinéfilo apaixonado, actor ocasional e escritor dos mais singulares escritos sobre o cinema. Sem recorrer à narração tradicional, as imagens dialogam com as palavras compondo um ensaio poético sobre a cinefilia como forma de vida. O filme revela o olhar sensível de Mozos sobre o seu protagonista, mas também sobre o próprio acto de ver e pensar o cinema.
Manuel Mozos (Lisboa, 1959) iniciou o seu percurso no cinema como montador, colaborando com alguns dos mais importantes realizadores portugueses, entre eles João César Monteiro, Teresa Villaverde, Margarida Gil e Paulo Rocha. A par desse trabalho fundamental, desenvolveu uma obra autoral distinta, que o afirmou como cineasta. Estreou-se na realização com Um Passo, Outro Passo e Depois... (1989) e consolidou o seu nome com filmes como Xavier (1992), Ruínas (2009), A Glória de Fazer Cinema em Portugal (2015) e Ramiro (2017).
Premiado no IndieLisboa e no DocLisboa, João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas que Eu Amei confirma Manuel Mozos como um dos autores mais discretos e fulcrais do cinema português. Este filme é, em particular, um exercício de memória, onde o cinema se torna o fio que une passado e presente.
As sessões do Lucky Star ocorrem no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva às terças-feiras às 21h30. A entrada custa um euro para estudantes, dois euros para utentes da biblioteca e três euros para o público em geral. Os sócios do cineclube têm entrada livre.
Até terça-feira!