sábado, 23 de novembro de 2024

372ª sessão: dia 26 de Novembro (Terça-Feira), às 21h30


Última obra de Budd Boetticher para ver na biblioteca 
 
Em Novembro, o Lucky Star – Cineclube de Braga associa-se ao Cineclube Gardunha para trazer ao auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva um ciclo pensado pelo crítico e programador de cinema norte-americano Andy Rector. Com dois filmes de Phil Karlson e dois de Budd Boetticher, o novo ciclo intitula-se “Rural American Films - Filmes rurais americanos do período clássico”. 

Andy Rector lembra-nos que os filmes do ciclo são todos de série B, menos My Kingdom For, “feito "em casa" embora longe de ser um “filme caseiro”, utilizando uma combinação de vídeo e 16mm e editado em VHS, um filme que nunca teve um cartaz, nunca foi distribuído, raramente é exibido, e foi pensado tanto para um público português como para os vizinhos locais de Boetticher em Ramona, na Califórnia, onde estabeleceu a sua estrebaria de cavalos Lusitanos, El Cortijo, criando uma rara estirpe de garanhões tauromáquicos portugueses.” 

Terça-feira à noite, encerrando-se o ciclo, às 21h30, exibe-se então My Kingdom For, o raríssimo e derradeiro filme de Budd Boetticher que, segundo o crítico norte-americano Bill Krohn, encerra uma trilogia cujos volumes são todos separados por dezassete anos e da qual também fazem parte Bullfighter and the Lady, de 1951, e Arruza, de 1968. O filme ambienta-se no rancho de Budd e Marie Boetticher, que são visitados pelos amigos Robert e Rosemarie Stack. 

Num texto de 1996 escrito para a revista Trafic, fundada por Serge Daney em 1991, o mesmo Bill Krohn escreveu que este filme “é uma obra híbrida que, além disso, utiliza fotografias que evocam diferentes fases da vida do cineasta, bem como pinturas fotografadas pelos Boettichers em museus pela Europa fora, para mostrar o papel dos seus cavalos através da história.” 

“Robert Stack e a sua mulher Rosemarie interpretam-se a si próprios,” continua o crítico norte-americano, “como visitantes do Cortijo Lusitano, e Boetticher conta-lhes a eles e aos espectadores a estória da importante actuação em que Alison é apresentada ao público pela primeira vez.” 

“O filme começa com excertos de Bullfighter and the Lady e Arruza, termina ele, “narrados por Stack, que deixa então o papel de narrador a Boetticher; acaba com um sonho em que Alison se vê a si própria a fazer a sua estreia como cavaleira tauromáquica, em silêncio.” 

As sessões do Lucky Star ocorrem no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva às terças-feiras às 21h30. Durante o mês de Novembro a entrada é livre para todo o público.

Até Terça!

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