segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

323ª sessão: dia 05 de Dezembro (Terça-Feira), às 21h30


Clássico de Éric Rohmer para ver na biblioteca 
 
Com o Natal mesmo à porta, o Lucky Star – Cineclube de Braga, nas primeiras duas terças-feiras do mês de Dezembro, vai exibir dois filmes dedicados a esta quadra festiva, como tem sido hábito desde a sua fundação no final do ano de 2015. 
 
A Minha Noite em Casa de Maud, de 1969, considerado o terceiro volume dos Seis Contos Morais de Éric Rohmer apesar de ter sido rodado e estreado depois do quarto, A Coleccionadora, é o filme que se exibe amanhã à noite às 21h30 no auditório da BLCS. 
 
Nomeado para os Óscares de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Argumento Original, o filme retrata o regresso de um jovem engenheiro à cidade de Clermont-Ferrand durante a semana de Natal. Quando um amigo o encontra por acaso, convida-o para um jantar na casa de uma amiga divorciada, Maud, e durante o dia de Natal falarão os três um pouco sobre tudo, da moral à religião. 
 
Éric Rohmer nasceu em 1920 em Tulle e faleceu em Paris há treze anos. Foi cineasta, crítico de cinema, jornalista, romancista, argumentista e professor. Associado ao movimento da Nouvelle Vague, foi director dos Cahiers du Cinéma entre 1957 e 1963. 
 
Na sua biografia de 2014 sobre Rohmer, Éric Rohmer - biographie, publicada pelas Éditions Stock, Antoine de Baecque e Noël Herpe escrevem que o filme “vai-se tornar também (quem teria acreditado?) um êxito francês. O filme manter-se-á muito tempo em cartaz, e totaliza até hoje mais de um milhão de entradas. O que faz dele o maior sucesso comercial da carreira de Rohmer, tratando-se certamente da sua obra mais austera. Como é que se explica este paradoxo?” 
 
“Por seu lado,” continuam de Baecque e Herpe, “Cottrell apresenta uma resposta un bocado trivial. «Rohmer não era idiota: sabia que se escolhesse como intérpretes Françoise Fabian (que era a protegida de Pierre Lazareff), ou Marie-Christine Barrault (que era a mulher de Daniel Toscan du Plantier, na altura assistente do publicitário Bleustein-Blanchet), ia aumentar as probabilidades de o seu filme ser apoiado pela imprensa…».” 
 
“Em todo o caso,” terminam eles, “a sua mais-valia em termos de glamour. Mais a sério, parece que que os cronistas e os espectadores foram sensíveis (contra todas as expectativas) precisamente àquilo que tinha repelido os financiadores.” 
 
As sessões do Lucky Star - Cineclube de Braga ocorrem no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva às terças-feiras às 21h30. A entrada custa um euro para estudantes e utentes da biblioteca e três euros para o público em geral. Os sócios do cineclube têm entrada livre.

Até Terça!

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