Documentário de Susana de Sousa Dias na BLCS
Este mês de Abril, o Lucky Star – Cineclube de Braga associa-se ao Sindicato dos Professores do Norte e a outras entidades para promover um ciclo dedicado aos cinquenta anos do 25 de Abril. As sessões realizam-se às terças-feiras às 21h30 no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.
O ciclo, intitulado “50 Anos de Liberdade - Onde Estamos Nós no 25 de Abril?”, inicia-se terça-feira à noite com a exibição de Natureza Morta de Susana de Sousa Dias. Assumindo-se como um documentário que procura fazer um retrato de 48 anos de ditadura em Portugal sem qualquer tipo de comentário ou discurso adicional, o filme será apresentado pelo produtor Ansgar Schaefer.
Susana de Sousa Dias nasceu em Lisboa a 22 de Janeiro de 1962, tendo apenas 12 anos quando se deu a revolução do 25 de Abril. Talvez mais conhecida pelos documentários 48 e Luz Obscura, lançados em 2009 e 2017, respectivamente, estreou-se na realização com o primeiro episódio da série “História do Cinema Português”, para a qual contribuíram também Manuel Mozos, Jorge Queiroga, Jorge Paixão da Costa, Margarida Cardoso ou Ricardo Nogueira.
Em 2005, realiza Natureza Morta - Visages d’une dictadure, utilizando apenas actualidades, reportagens de guerra, documentários de propaganda ou fotografias de prisioneiros políticos. O filme foi co-produzido pela Kintop, a Amip e a Arte France «La Lucarne», vencendo o Prémio Atalanta Filmes no festival de cinema Doclisboa de 2005.
“O Natureza Morta surgiu do desejo de reflectir nessas imagens aparamente iguais a todas as das centenas de milhares de prisioneiros políticos já mantidos em cativeiro a nível mundial,” escreveu Susana de Sousa Dias na sua nota de intenções publicada no dossier de imprensa do filme. “Essas imagens levaram-me a outras imagens do mesmo período.”
“Todas elas foram o resultado de uma certa forma de poder que era exercido,” continuava Sousa Dias, “actualidades, reportagens de guerra, documentários feitos para o Ministério de Propaganda para além de material que não chegou à montagem final, imagens de arquivo, principalmente a preto e branco. Contribuem todas para um vasto espectro de documentação visual que revela este período mais do que nunca.”
As sessões deste mês ocorrem sempre às terças-feiras, às 21h30, e a entrada custa um euro para estudantes, dois euros para utentes da biblioteca e três euros para o público em geral. Os sócios do Lucky Star e do Sindicato dos Professores do Norte têm entrada livre.
Até Terça!
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