quinta-feira, 1 de junho de 2023

296ª sessão: dia 6 de Junho (Terça-Feira), às 21h30


“A Grande Ilusão” abre ciclo de cinema do Lucky Star 

O ciclo “Da Revolução à Queda de Vichy - Clássicos do Cinema francês”, promovido pelo Lucky Star - Cineclube de Braga em parceria com a Alliance Française, começa na próxima terça às 21h30 na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva com a exibição de A Grande Ilusão de Jean Renoir. 

Este filme de 1937 com Jean Gabin, Marcel Dalio, Pierre Fresnay, Erich von Stroheim e Dita Parlo, escrito por Jean Renoir e Charles Spaak, é um dos mais celebrados clássicos do cinema francês, retratando as vidas de dois aviadores franceses que são capturados pelas forças alemãs durante a Primeira Guerra Mundial. 

Jean Renoir nasceu no bairro de Montmartre, em Paris, a 15 de Setembro de 1894. Era filho do conhecido pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir. Os seus dois irmãos, Pierre e Claude Renoir, também enveredaram pelo cinema, sendo o primeiro um reconhecido actor que ganhou fama por ter sido o primeiro a interpretar o inspector Jules Maigret, célebre personagem criada por Georges Simenon, no filme La nuit du carrefour, realizado pelo irmão mais novo em 1932. 

Depois de servir no Leste de França, de ser gravemente ferido em combate em 1915 e voltar a servir como aviador, durante a Primeira Grande Guerra, Jean Renoir regressa à vida civil e instala-se em casa do pai em Cagnes. Interessa-se por cinema e, segundo reza a lenda, terá visto Foolish Wives de Erich von Stroheim mais de dez vezes como forma de preparação. 

Em 1924, realiza o primeiro filme, Catherine, protagonizado pela sua esposa Catherine Hessling, antiga modelo do pai. Porém, a experiência revelou-se traumática, pois o filme foi co-realizado por Albert Dieudonné, que em 1927 reclamou total autoria e venceu o caso em tribunal. 

Dez anos depois, em 1937, Renoir realiza aquele que será o seu maior sucesso de bilheteira, A Grande Ilusão. Lançado numa altura de grandes tensões na Europa, e criticado pelo ditador italiano Mussolini, o filme recebeu um prémio especialmente criado para Renoir na Bienal de Veneza. 

Declarado como “inimigo público número um” pelo ministro da propaganda nazi Joseph Goebbels, o filme foi ainda censurado durante os anos da Libertação, em França, sobrevivendo ainda assim a tudo isso e chegando até nós como uma ode à liberdade e à fraternidade. 

As sessões do Lucky Star ocorrem sempre às terças-feiras, às 21h30, e a entrada custa um euro para estudantes e utentes da biblioteca e três euros para o público em geral. Os associados do cineclube têm entrada livre.

Até Terça!

Sem comentários:

Enviar um comentário