domingo, 19 de abril de 2020

40 dias 40 filmes – Cinema em Tempos de Cólera: “As Vinhas da Ira” de John Ford


Título original: The Grapes of Wrath; De: John Ford Com: Henry Fonda, Jane Darwell, John Carradine; Género: Drama; Classificação: M/12; Outros dados: Eua, 1940, Preto e Branco, 129 min. 

Sinopse: "As Vinhas da Ira" adapta o romance homónimo de John Steinbeck, vencedor do Pulitzer, sobre a odisseia dos oakies, os agricultores do Oklahoma arruinados pela desastrosa seca da década de 1930 e expulsos das suas terras pelos brancos, que buscam a Califórnia como a "terra prometida". Uma das maiores interpretações de Henry Fonda no papel de Tom Joad, o novo Moisés que vai servir de guia e não poderá entrar nessa terra. Jane Darwell, arquétipo das mães fordianas, ganhou também um Óscar. (Fonte: Público)

Link (1. Clicar em "Link"; 2. Clicar onde diz "fazer download" e o filme começa a descarregar. No fim clicar em salvar; 3. Para verem os filmes usem o VLC, ou então o RVMB Player. Encontram facilmente no google. Também podem usar o Windows Media Player, mas vão ter de actualizar codecs.)

O Jornal do Fundão, os Encontros Cinematográficos, o Lucky Star – Cineclube de Braga, o My Two Thousand Movies e a Comuna associaram-se nestes tempos surreais e conturbados convidando quarenta personalidades, entre cineastas, críticos, escritores, artistas ou cinéfilos para escolherem um filme inserido no ciclo “40 dias, 40 filmes – Cinema em Tempos de Cólera”, partilhado em segurança nos ecrãs dos computadores de vossa casa através do blog My Two Thousand Movies. O décimo nono convidado é o presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes, que escolheu As Vinhas da Ira de John Ford. 

Descreve-nos a obra como «um filme de todas as nossas vidas do mestre John Ford, quem melhor entendeu e filmou a condição humana, que aqui adapta o não menos fabuloso e actualíssimo romance de John Steinbeck. Para o presente e para o futuro, depois de tantas e tantas privações, recordo livremente o discurso da Mãe: “Durante muito tempo parecia que estávamos derrotados, totalmente derrotados. Sentia-me mal e estava assustada. Como se estivéssemos perdidos sem amigos que nos valessem… Mas o rio continua a fluir. Uma mulher vê assim as coisas… Sei que sofremos um grande golpe mas é isso que nos torna fortes. Reis, ricos, políticos, nascem e morrem. Mas nós continuamos a viver. Não podem erradicar-nos, não podem derrotar-nos. Nós viveremos para sempre porque nós somos o povo.”» 

Por fim, na sua folha da Cinemateca sobre este filme icónico, João Bénard da Costa defende que “como tenho escrito a propósito de outros filmes de Ford, talvez seja preciso recuar à pintura holandesa do século XVII para encontrar uma tão funda adequação entre os valores duma sociedade e a representação dessa sociedade, entre o olhar dum artista que a simboliza e o olhar dos homens e mulheres que, simbolizando-a também, neles foram retratados.” 

Amanhã, a escolha de Paulo Faria.

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