Título original: Het Witte Kastee; De: Johan van der Keuken; Género: Documentário; Classificação: M/12; Outros dados: Holanda, 1973, Cor e Preto e Branco, 78 min.
Sinopse: Misturando imagens da meca do turismo espanhol, Formentera, de um centro comunitário em Columbus, Ohio, e de fábricas na Holanda, o filme ilustra nitidamente as vidas fragmentadas e alienadas que a economia de mercado produz e retrata friamente o que Van der Keuken viu como ‘uma correia transportadora [que] atravessa o mundo’.
Link (1. Clicar em "Link"; 2. Clicar onde diz "fazer download" e o filme começa a descarregar. No fim clicar em salvar; 3. Para verem os filmes usem o VLC, ou então o RVMB Player. Encontram facilmente no google. Também podem usar o Windows Media Player, mas vão ter de actualizar codecs.)
O Jornal do Fundão, os Encontros Cinematográficos, o Lucky Star – Cineclube de Braga, o My Two Thousand Movies e a Comuna associaram-se nestes tempos surreais e conturbados convidando quarenta personalidades, entre cineastas, críticos, escritores, artistas ou cinéfilos para escolherem um filme inserido no ciclo “40 dias, 40 filmes – Cinema em Tempos de Cólera”, partilhado em segurança nos ecrãs dos computadores de vossa casa através do blog My Two Thousand Movies. O vigésimo sétimo convidado é o realizador belga Mieriën Coppens, que escolheu O Castelo Branco de Johan van der Keuken.
Van der Keuken disse em entrevista a Bérénice Reynaud que «o aspecto simbólico do meu trabalho nem sempre é percebido pelo espectador. Eu passo por símbolos para voltar a uma percepção mais intensa, mais descritiva e talvez mais difícil do Real. Há uma multiplicidade de níveis, porque eu não me posso colocar num nível puramente materialista. O aspecto material/materialista das coisas é como uma ferramenta para perceber o que está a acontecer no mundo. Também há um aspecto especulativo, que não posso recusar totalmente, mesmo que não deva fazer “demais” com isso, e mantê-lo sempre na sua justa perspectiva. Ao mesmo tempo, fico muito ansioso, bem, com a perfeição, i.e., gostava de ser capaz de mostrar algo com clareza absoluta. No entanto, estou perfeitamente ciente de que sou um cineasta a trabalhar com a aproximação... Sim, pode-se dizer que há um elemento lúdico no meu trabalho, que o cinema é um “brinquedo de construção” para mim, mas, ao mesmo tempo, há coisas que são tão reais e tão poderosas que não podem ser dominadas. Daí entrarmos no reino da aproximação. Não posso aceitar o plano angular perfeito de campo/contra-campo como a “verdade” de um filme. Há uma parte de mim que desespera por nunca ser capaz de “dizer a coisa certa.”»
Mieriën Coppens deixou-nos o seguinte poema:
“Local de convalescença, perto da água.
Isolado, um chão.
Tantos motivos.
Tantos laços mútuos.
O quadro ilegível.
O futuro.”
Amanhã, a escolha de Patrícia Saramago.
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