Título original: Moses und Aron; De: Danièle Huillet, Jean-Marie Straub; Com: Günter Reich, Louis Devos; Género: Drama, Musical; Classificação: M/12; Outros dados: Alemanha, 1974, Cores, 105 min.
Sinopse: "Schoenberg é o músico que melhor conhecemos a seguir a Bach", segundo diz Straub. Na sua adaptação da ópera bíblica inacabada do compositor vienense, Straub e Huillet mantiveram-se fieis aos princípios do seu cinema: som directo, cantores ao invés de actores dobrados, "imagens que não bloqueiem a imaginação do espectador", numa atitude diametralmente oposta à do tradicional "filme de ópera". (Fonte: Cinemateca Portuguesa)
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O Jornal do Fundão, os Encontros Cinematográficos, o Lucky Star – Cineclube de Braga, o My Two Thousand Movies e a Comuna associaram-se nestes tempos surreais e conturbados convidando quarenta personalidades, entre cineastas, críticos, escritores, artistas ou cinéfilos para escolherem um filme inserido no ciclo “40 dias, 40 filmes – Cinema em Tempos de Cólera”, partilhado em segurança nos ecrãs dos computadores de vossa casa através do blog My Two Thousand Movies. O vigésimo quinto convidado é Carlos Fernandes, que escolheu Moisés e Aarão de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub.
Em entrevista aos Cahiers du Cinéma, em 1975, Straub disse que a ideia para o filme partiu “da primeira representação cénica na Alemanha, que teve lugar em Berlim em 1959. Foi dirigida por Hermann Scherchen. Musicalmente, era a melhor, tirando a que Rosbaud tinha dirigido em concerto. A primeira execução teve lugar em 1952, um ano depois da morte de Schoenberg. A primeira execução cénica teve lugar em Zurique, já não sei muito bem em que ano. A primeira cénica na Alemanha, foi em Berlim, em 1959. Vi-a uma noite por acaso. Eu nunca ia à ópera: não sei porque é que lá entrei. Sem dúvida porque me interessava em Schoenberg, sem o conhecer bem. Musicalmente, era boa, um bocado pior que Rosbaud, mas boa. Em termos cénicos, achei a coisa terrível e tive vontade de fazer um filme que fosse exactamente o contrário. Ainda assim, em termos cénicos, é o que se fez de melhor até agora, incluindo este ano, uma vez que há uma epidemia (para o centenário do nascimento de Schoenberg) de execuções parcial ou totalmente terríveis. Depois dessa noite, telefonei à Danièle, em Paris. Era a primeira vez que lhe telefonava. Não tínhamos dinheiro. Nessa altura vivia entre Berlim Ocidental e a Alemanha Oriental, porque havia bastantes coisas a acontecer no Berliner Ensemble e porque estávamos à procura de documentos para o Bach (a maior parte estava na R.D.A.). A Danièle fez uma cena terrível mas apanhou o comboio nocturno e veio ver isso imediatamente. Voltei a vê-la uma segunda vez. Portanto o projecto remonta a 1959. De facto, esse teria sido o segundo filme que íamos fazer, sendo o primeiro projecto o Bach de 1954!”
Em entrevista aos Cahiers du Cinéma, em 1975, Straub disse que a ideia para o filme partiu “da primeira representação cénica na Alemanha, que teve lugar em Berlim em 1959. Foi dirigida por Hermann Scherchen. Musicalmente, era a melhor, tirando a que Rosbaud tinha dirigido em concerto. A primeira execução teve lugar em 1952, um ano depois da morte de Schoenberg. A primeira execução cénica teve lugar em Zurique, já não sei muito bem em que ano. A primeira cénica na Alemanha, foi em Berlim, em 1959. Vi-a uma noite por acaso. Eu nunca ia à ópera: não sei porque é que lá entrei. Sem dúvida porque me interessava em Schoenberg, sem o conhecer bem. Musicalmente, era boa, um bocado pior que Rosbaud, mas boa. Em termos cénicos, achei a coisa terrível e tive vontade de fazer um filme que fosse exactamente o contrário. Ainda assim, em termos cénicos, é o que se fez de melhor até agora, incluindo este ano, uma vez que há uma epidemia (para o centenário do nascimento de Schoenberg) de execuções parcial ou totalmente terríveis. Depois dessa noite, telefonei à Danièle, em Paris. Era a primeira vez que lhe telefonava. Não tínhamos dinheiro. Nessa altura vivia entre Berlim Ocidental e a Alemanha Oriental, porque havia bastantes coisas a acontecer no Berliner Ensemble e porque estávamos à procura de documentos para o Bach (a maior parte estava na R.D.A.). A Danièle fez uma cena terrível mas apanhou o comboio nocturno e veio ver isso imediatamente. Voltei a vê-la uma segunda vez. Portanto o projecto remonta a 1959. De facto, esse teria sido o segundo filme que íamos fazer, sendo o primeiro projecto o Bach de 1954!”
Amanhã, a escolha de Jorge Silva Melo.
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