terça-feira, 7 de abril de 2020

40 dias 40 filmes – Cinema em Tempos de Cólera: “The Man I Love”, de Raoul Walsh


Título original: The Man I Love; De: Raoul Walsh; Com: Ida Lupino, Robert Alda, Andrea King, Bruce Bennett, Martha Vickers; Género: Film noir; Classificação: M/12; Outros dados: EUA, 1946, Preto e Branco, 97 min. 

Sinopse: THE MAN I LOVE é uma obra "diferente", um soberbo melodrama à volta do destino de várias mulheres e das suas manifestações de independência, antecipando os retratos femininos que Walsh desenhará na década seguinte. Uma das obras maiores e mais "esquecidas” de Walsh e um dos filmes favoritos de Martin Scorsese, que expressamente o citou em NEW YORK, NEW YORK. Seguindo-se a ARTISTS AND MODELS, THEY DRIVE BY NIGHT e HIGH SIERRA, foi o quarto filme de Raoul Walsh com Ida Lupino, numa das suas grandes criações. (Fonte: Cinemateca Portuguesa)

Link (1. Clicar em "Link"; 2. Clicar onde diz "fazer download" e o filme começa a descarregar. No fim clicar em salvar; 3. Para verem os filmes usem o VLC, ou então o RVMB Player. Encontram facilmente no google. Também podem usar o Windows Media Player, mas vão ter de actualizar codecs.)

O Jornal do Fundão, os Encontros Cinematográficos, o Lucky Star – Cineclube de Braga, o My Two Thousand Movies e a Comuna associaram-se nestes tempos surreais e conturbados convidando quarenta personalidades, entre cineastas, críticos, escritores, artistas ou cinéfilos para escolherem um filme inserido no ciclo “40 dias, 40 filmes - Cinema em Tempos de Cólera”, partilhado em segurança nos ecrãs dos computadores de vossa casa através do blog My Two Thousand Movies. O sétimo convidado é a actriz e realizadora Marta Mateus, que escolheu The Man I Love de Raoul Walsh. 

No seu livro sobre o realizador, Michel Marmin escreve que “The Man I Love, um dos mais belos monumentos de ternura e compaixão existentes, não requer nenhuma recomendação. Convido-os a deixarem-se guiar pelas tramas intrincadas de destinos plebeus cujas alegrias e tristezas geram o mais nobre encantamento, a deixarem-se fascinar por uma mise en scène exacta e feliz, eminentemente apta a captar a vida sem a abismar nem a sufocar, nas suas palpitações mais ténues e íntimas. The Man I Love, filme raro e pouco reconhecido, é no entanto uma manifestação exemplar de um cinema lúcido e forte.” 

Justificando a sua escolha, Marta Mateus situa-nos “a grande Ida Lupino, actriz, realizadora e produtora na vanguarda da luta pela igualdade dos direitos das mulheres em Hollywood, frente à câmara de Raoul Walsh. O tema de George Gershwin (inesquecível na voz de Billie Holiday) empresta-lhe o título. O mais belo e exemplar filme onde o cinema vai ao encontro da música para a integrar na narrativa e no enredo, unindo duas das grandes artes que aqui respiram o mesmo tempo, ritmo e melodia. A memória de que a vida é também um clássico de desencontros em busca desta unidade.” 

Amanhã, a escolha de Maria João Madeira.

Sem comentários:

Enviar um comentário